Salar de Uyuni: Crie Seu Roteiro Para o Deserto de Sal da Bolívia

Você provavelmente já viu alguma foto de pessoas que parecem estar caminhando no céu ou flutuando entre as nuvens. Elas estão no Salar de Uyuni, o deserto de sal da Bolívia que é o maior do mundo e recebe milhares de visitas todo ano.

Lá é o local perfeito para se conectar com a natureza, conhecer as vicuñas — uma espécie de Alpaca — e também mergulhar nos mistérios da humanidade. Alguns dizem que a cidade perdida de Atlântida era próxima de lá.

Preparamos esse post especial com tudo que você precisa saber para conhecer a região e aproveitar o passeio da melhor forma possível.

As características e a localização do Salar de Uyuni

O salar fica no sudoeste da Bolívia, entre os departamentos de Potosí e Oruro, e possui aproximadamente 10 bilhões de toneladas de sal espalhadas entre os seus 10.582 quilômetros quadrados. Geralmente as pessoas se perguntam como surgiu o deserto de sal.

Ele foi formado a partir do resultado da transformação de diversos lagos pré-históricos e hoje em dia está a 3656 metros acima do nível do mar, bem aos pés da Cordilheira dos Andes.

Logo, você já pode imaginar que não só o salar é um lugar de incrível impacto visual por si só, mas também toda a região que o cerca. Por isso, existem outros atrativos para quem pretende visitá-lo.

Outros atrativos no deserto de sal da Bolívia

Isla Incahuasi
Um desses atrativos é a Ilha do Pescado, conhecida também como a Ilha dos Cactos ou Isla Incahuasi. Esta área, de mais de 24 hectares, cercada de deserto por todos os lados, é o lar de cactos gigantes. Toda essa “ilha” era o topo de um vulcão que submergiu milhares de anos atrás.

Não bastasse a paisagem inacreditável do salar, no meio do deserto existe um “cemitério” de trens. Construída em 1889, a linha de trem transportava minerais até o porto no Pacífico. Quando a indústria mineradora sofreu um colapso no país, em 1940, as locomotivas foram abandonadas.

Hoje em dia é parada obrigatória de quem vai visitar o salar, e os mais ousados escalam as locomotivas para ter uma visão privilegiada do deserto.

Para fechar com chave de ouro, há a Laguna Colorada, onde diversos Flamingos podem ser vistos, principalmente durante o mês de dezembro.

Se você ficou animado em conhecer essa região incrível na Bolívia, anote as nossas dicas para montar um roteiro sem erros.

A melhor forma de chegar e onde se hospedar

A melhor maneira de visitar o deserto de sal é seguir para lá com algum tour oferecido pelas agências locais.

Existem diversos tours que param no meio do caminho e seguem o restante do percurso a pé. Estes são os melhores.

Há um grande número de pessoas que visitam o salar saindo diretamente da cidade de Uyuni. Existem algumas agências e guias na cidade que oferecem o passeio, e muitos optam em sair de lá por ser mais barato.

No entanto, pode ser o barato que sai caro. Muitas agências têm carros velhos e motoristas imprudentes. Além disso, a cidade por si só não é interessante.

Pode ser uma experiência muito mais agradável ficar hospedado em Tupiza ou San Pedro de Atacama, no Chile. As duas cidades possuem mais estrutura para receber o turista, além de mais pontos interessantes.

Na verdade, se você tiver tempo disponível, um bom ponto de partida para seu roteiro seria San Pedro de Atacama, que está na fronteira do Chile com a Bolívia e possui diversos outros atrativos deslumbrantes, como o vulcão Tatio, O Valle da Luna e a Pukara de Quitor, uma fortaleza do século XII.

A melhor época para visitá-lo

Durante o período de chuvas, de dezembro até março, a água forma uma camada por cima do sal e cria um espelho estonteante que reflete com perfeição o céu. Você não verá nada igual no mundo!

Fora do período de chuvas, o tempo seco faz com que a camada seca de sal crie uma atmosfera futurística e extraterrestre.

O visual é tão interessante e impressionante — e que por vezes parece saído de outro mundo — que o Star Wars VIII, próximo filme da saga e com previsão de estreia no final desse ano, teve algumas cenas gravadas por lá na época da seca.

Como você pode ver, as duas épocas são interessantes. O melhor roteiro é aquele que, com tempo disponível, consegue pegar um pouco de cada.

Dessa forma, procure se planejar para ir entre o fim de novembro e o começo de dezembro, ou entre o final de março e o começo de abril, de preferência uma semana em cada mês.

Os cuidados a serem seguidos

A região não é perigosa e você pode ficar despreocupado em relação a isso, mas algumas dicas podem ser úteis ao visitar o Salar de Uyuni:

  • Escolha bem o motorista para fazer o tour: Existem muitas agências e guias oferecendo passeios até o local, mas nem todos são confiáveis. Alguns motoristas dirigem bêbados e há agências que não entregam o que prometeram. Pesquise com antecedência e de preferência conheça o motorista e o veículo do seu passeio antes de efetuar o pagamento.
  • Prepare-se para as diferentes temperaturas: Viajar pelo sudoeste da Bolívia é sair do extremo calor para o extremo frio. Vista roupas que você possa tirar ou colocar conforme a temperatura mudar.
  • Não se preocupe em tirar milhares de fotos: aproveite o passeio. É uma experiência única que deve ser levada para o resto da vida na sua mente, não na sua câmera. Além disso, ao ficar fissurado em fotografar, você pode perder momentos únicos, como as explosões de um geyser no meio do deserto.
  • Nem todo o país é como o salar: Se você quiser aproveitar a viagem para conhecer outros lugares da Bolívia, perfeito. Só leve em consideração que nem todas as cidades são turísticas e algumas podem ser perigosas. Se você pretende fazer um mochilão por toda a região boliviana, planeje com bastante cuidado para não ser pego de surpresa.

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