Indicar rótulos, entender harmonizações, falar em “taninos” como se fala de arroz, feijão e goiabada: quem não gostaria de aprender um pouco mais sobre vinhos e impressionar nos jantares? Pois, se você se interessa pelo assunto, já deve ter se deparado com as histórias sobre o vinho argentino — mais precisamente o proveniente da rota de vinho em Mendoza.
A província de Mendoza, bem no centro-oeste da Argentina, fica nas proximidades do belíssimo Monte Aconcágua, ao pé da Cordilheira dos Andes. São quase 150 mil quilômetros de um território arborizado e pacato, onde as ruas se cruzam com canais de água proveniente do degelo andino — técnica, herdada dos índios, que abastece os vinhedos da região.
Então, ficou curioso para aprender um pouco mais sobre esse lugar? Continue lendo e acompanhe as dicas que preparamos para você!
O que me espera na rota de vinho em Mendoza?
Como dissemos, Mendoza está no meio da Cordilheira dos Andes, tendo um clima seco e terras muito férteis. Por isso, a paisagem da região está sempre colorida, e conta com mais de 1.200 adegas.
A temperatura média anual é de 15 graus Celsius, e sua altitude vai de 650 a 1060 metros acima do nível do mar. O clima temperado é de umidade escassa, mas agradável. Ainda assim, prepara-se para alguns imprevistos climáticos, como os que ocorrem aqui no Brasil: por vezes, os visitantes são surpreendidos com chuvas intermitentes.
De toda forma, faça reservas antecipadas ao preparar o seu roteiro para as vinícolas argentinas! Inclusive, para facilitar a viagem, especialistas recomendam que você organize suas expedições dentro de uma única zona.
Quais são as características do vinho de Mendoza?
A Argentina é o quinto maior produtor e consumidor de vinhos do mundo, sendo responsável por alguns dos rótulos mais célebres — e Mendoza é responsável por 70% de todo o vinho argentino. Nele, a produção de tintos é predominante.
Malbec é a uva que simboliza o país, e uma das produções mais características dessa província. Isso porque seu solo, com as altas temperaturas durante o verão e noite amenas, é bem propício para o cultivo.
Na verdade, essa uva é originária da França, onde foi dizimada pela praga filoxera, de origem estadunidense e responsável por atacar os vinhedos europeus no fim do século 19. Foram necessários 25 anos para a recuperação dessa produção europeia. Na Argentina, contudo, as mudas trazidas antes da filoxera resistiram à praga e prosperaram.
A Malbec tem um aroma característico e cor intensa, sendo matéria-prima para vinhos saborosos e aveludados. Ainda é comum que eles tenham grande concentração de frutas, como a ameixa e a amora.
Outra uva que se adaptou bem à região é a Temprenillo, de origem espanhola e considerada nobre. A Cabernet Sauvingnon, francesa, também tem se destacado no país.
Se você quer variedade, ainda encontrará nas terras andinas as Petit Verdot, Pinot Noir, Bonarda, Cabernet Franc e Syrah. Já na Patagônia e em Salta/Cafayate, nas proximidades da Bolívia, você encontra regiões que, além dos tintos, também produzem deliciosos vinhos brancos.
Nos últimos anos, a província de Catamarca também tem se destacado na produção da bebida, em especial, nas cidades de Fiambalá, Tinogasta, Capayán e Belén, nos Vales de Catamarca.
Conhecendo um pouco mais sobre passamos a entender, na prática, o que cada uma delas agrega — em termos de sabores, cheiros e outras características importantes para a experiência gastronômica — à bebida que produzem. Diferentes climas, altitudes e composições de solo influenciam fortemente a qualidade do vinho. Algumas vezes, até dentro de uma mesma região você encontra muitas variedades!
Além da bebida, é claro, você também encontrará museus, centros de artesanato e adegas famosas, com profissionais dispostos a lhe recomendar bons vinhos, apresentar como funciona o processo de fabricação da bebida e contar as histórias do lugar.
Quais são as principais vinícolas de Mendoza?
Em Mendoza, as vinícolas mais recomendadas são as de Chandon, Finca Flichman e Terrazas de Los Andes. Na rota de vinho da Argentina, as adegas mais tradicionais e centenárias ficam em Maipú, Las Heras, Godoy Cruz, Guaymallén e Luján de Cuyo.
Os vinhedos de Cheval de Andes e Terrazas de Los Andes (propriedade do conglomerado de empresas de luxo LVMH, responsável por marcas como Louis Vuitton e Moët & Chandon-Hennessy) oferecem alguns dos melhores vinhos argentinos do mercado. Ali há encontros anuais, onde brasileiros podem encontrar o famoso “savoir-faire” francês em atividades indoor e outdoor, como o polo.
Além de Mendoza, você ainda pode explorar os vinhos de Maipú (a 30 min de distância da região), Vale do Uco (a 100 km ao sul de Mendoza) e Salta.
Em Maipú, visite as fábricas Di Tomazzo e La Rural — nesta última, você encontra o Museu do Vinho. Para os apaixonados por gastronomia, a cidade abriga também a fábrica de azeite Olivícola Simone.
Já no Vale do Uco, procure a vinícola Salentein e o restaurante Finca La Celia, um dos mais bem recomendados. Em Salta, por sua vez, você encontrará casas e ruas em estilo colonial espanhol, bem como desertos de terra vermelha.
Alguns especialistas recomendam que você comece a rota de vinho por Mendoza, seguindo para Maipú e o Monte Aconcágua. Salta e Cafayate fechariam o roteiro, focado na passagem pelas vinícolas.
Agora, para aproveitar as estações de esqui, parta de Mendoza, vá para Maipú e, de lá, siga até Luján de Cuyo e Aconcágua. Em Las Leñas, você encontra uma das estações de esqui mais famosas da Argentina. Lembre-se, nesse caso, de se preparar para o frio e para os desafios das montanhas!
Seja qual for a escolha, uma ótima opção para chegar à rota de vinho de Mendoza é ir de carro: as estradas argentinas têm boa qualidade e são muito bonitas, agradando os adeptos das road trips.
Enfim, gostou das nossas dicas para aproveitar o melhor da rota de vinho da Argentina? Como vimos, são muitas opções para conhecer e desfrutar, seja com o seu parceiro(a), com sua de amigos ou com a família!
Então, se gostou do post, compartilhe-o nas suas redes sociais! Essa pode ser a oportunidade perfeita para combinar a próxima viagem.
Rota de vinho em Mendoza: conheça e apaixone-se!
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Indicar rótulos, entender harmonizações, falar em “taninos” como se fala de arroz, feijão e goiabada: quem não gostaria de aprender um pouco mais sobre vinhos e impressionar nos jantares? Pois, se você se interessa pelo assunto, já deve ter se deparado com as histórias sobre o vinho argentino — mais precisamente o proveniente da rota de vinho em Mendoza.
A província de Mendoza, bem no centro-oeste da Argentina, fica nas proximidades do belíssimo Monte Aconcágua, ao pé da Cordilheira dos Andes. São quase 150 mil quilômetros de um território arborizado e pacato, onde as ruas se cruzam com canais de água proveniente do degelo andino — técnica, herdada dos índios, que abastece os vinhedos da região.
Então, ficou curioso para aprender um pouco mais sobre esse lugar? Continue lendo e acompanhe as dicas que preparamos para você!
O que me espera na rota de vinho em Mendoza?
Como dissemos, Mendoza está no meio da Cordilheira dos Andes, tendo um clima seco e terras muito férteis. Por isso, a paisagem da região está sempre colorida, e conta com mais de 1.200 adegas.
A temperatura média anual é de 15 graus Celsius, e sua altitude vai de 650 a 1060 metros acima do nível do mar. O clima temperado é de umidade escassa, mas agradável. Ainda assim, prepara-se para alguns imprevistos climáticos, como os que ocorrem aqui no Brasil: por vezes, os visitantes são surpreendidos com chuvas intermitentes.
De toda forma, faça reservas antecipadas ao preparar o seu roteiro para as vinícolas argentinas! Inclusive, para facilitar a viagem, especialistas recomendam que você organize suas expedições dentro de uma única zona.
Quais são as características do vinho de Mendoza?
A Argentina é o quinto maior produtor e consumidor de vinhos do mundo, sendo responsável por alguns dos rótulos mais célebres — e Mendoza é responsável por 70% de todo o vinho argentino. Nele, a produção de tintos é predominante.
Malbec é a uva que simboliza o país, e uma das produções mais características dessa província. Isso porque seu solo, com as altas temperaturas durante o verão e noite amenas, é bem propício para o cultivo.
Na verdade, essa uva é originária da França, onde foi dizimada pela praga filoxera, de origem estadunidense e responsável por atacar os vinhedos europeus no fim do século 19. Foram necessários 25 anos para a recuperação dessa produção europeia. Na Argentina, contudo, as mudas trazidas antes da filoxera resistiram à praga e prosperaram.
A Malbec tem um aroma característico e cor intensa, sendo matéria-prima para vinhos saborosos e aveludados. Ainda é comum que eles tenham grande concentração de frutas, como a ameixa e a amora.
Outra uva que se adaptou bem à região é a Temprenillo, de origem espanhola e considerada nobre. A Cabernet Sauvingnon, francesa, também tem se destacado no país.
Se você quer variedade, ainda encontrará nas terras andinas as Petit Verdot, Pinot Noir, Bonarda, Cabernet Franc e Syrah. Já na Patagônia e em Salta/Cafayate, nas proximidades da Bolívia, você encontra regiões que, além dos tintos, também produzem deliciosos vinhos brancos.
Nos últimos anos, a província de Catamarca também tem se destacado na produção da bebida, em especial, nas cidades de Fiambalá, Tinogasta, Capayán e Belén, nos Vales de Catamarca.
Conhecendo um pouco mais sobre passamos a entender, na prática, o que cada uma delas agrega — em termos de sabores, cheiros e outras características importantes para a experiência gastronômica — à bebida que produzem. Diferentes climas, altitudes e composições de solo influenciam fortemente a qualidade do vinho. Algumas vezes, até dentro de uma mesma região você encontra muitas variedades!
Além da bebida, é claro, você também encontrará museus, centros de artesanato e adegas famosas, com profissionais dispostos a lhe recomendar bons vinhos, apresentar como funciona o processo de fabricação da bebida e contar as histórias do lugar.
Quais são as principais vinícolas de Mendoza?
Em Mendoza, as vinícolas mais recomendadas são as de Chandon, Finca Flichman e Terrazas de Los Andes. Na rota de vinho da Argentina, as adegas mais tradicionais e centenárias ficam em Maipú, Las Heras, Godoy Cruz, Guaymallén e Luján de Cuyo.
Os vinhedos de Cheval de Andes e Terrazas de Los Andes (propriedade do conglomerado de empresas de luxo LVMH, responsável por marcas como Louis Vuitton e Moët & Chandon-Hennessy) oferecem alguns dos melhores vinhos argentinos do mercado. Ali há encontros anuais, onde brasileiros podem encontrar o famoso “savoir-faire” francês em atividades indoor e outdoor, como o polo.
Além de Mendoza, você ainda pode explorar os vinhos de Maipú (a 30 min de distância da região), Vale do Uco (a 100 km ao sul de Mendoza) e Salta.
Em Maipú, visite as fábricas Di Tomazzo e La Rural — nesta última, você encontra o Museu do Vinho. Para os apaixonados por gastronomia, a cidade abriga também a fábrica de azeite Olivícola Simone.
Já no Vale do Uco, procure a vinícola Salentein e o restaurante Finca La Celia, um dos mais bem recomendados. Em Salta, por sua vez, você encontrará casas e ruas em estilo colonial espanhol, bem como desertos de terra vermelha.
Alguns especialistas recomendam que você comece a rota de vinho por Mendoza, seguindo para Maipú e o Monte Aconcágua. Salta e Cafayate fechariam o roteiro, focado na passagem pelas vinícolas.
Agora, para aproveitar as estações de esqui, parta de Mendoza, vá para Maipú e, de lá, siga até Luján de Cuyo e Aconcágua. Em Las Leñas, você encontra uma das estações de esqui mais famosas da Argentina. Lembre-se, nesse caso, de se preparar para o frio e para os desafios das montanhas!
Seja qual for a escolha, uma ótima opção para chegar à rota de vinho de Mendoza é ir de carro: as estradas argentinas têm boa qualidade e são muito bonitas, agradando os adeptos das road trips.
Enfim, gostou das nossas dicas para aproveitar o melhor da rota de vinho da Argentina? Como vimos, são muitas opções para conhecer e desfrutar, seja com o seu parceiro(a), com sua de amigos ou com a família!
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