A paisagem é realmente deslumbrante! Localizado no extremo sul do Chile, Patagônia, o Parque Nacional Torres del Paine é considerado um dos melhores lugares para praticar o trekking Circuito W.
De natureza exuberante, o local abriga glaciares e montanhas nevadas próximo aos lagos de águas azuladas. Ele também é cercado por campos de estepe, assim como incríveis bosques de lengas — árvores predominantes na região.
No entanto, prepare-se! O clima é bastante hostil e de muita instabilidade. Faz muito frio e o vento é bem forte, pois a região está situada a 51 graus de latitude sul. Mas isso não é nada que desmotive os praticantes do Circuito W a percorrerem os 140 km do trajeto.
O parque foi criado em 1959, tem 227.298 hectares e, em 1978, foi considerado uma Reserva da Biosfera pela Unesco. Ele oferece opções de trilhas que duram desde algumas horas até vários dias, atendendo a todos os perfis de visitantes.
Quer conhecer mais sobre esse lugar incrível e preparar-se para um trekking inesquecível? Continue a leitura!
Como chegar em Torres del Paine?
O acesso ao Parque Nacional Torres del Paine se dá por estradas de cascalho e terra. O local tem 3 portarias, sendo que a Portaria Laguna Amarga é a mais utilizada pelos visitantes que querem fazer o Circuito W.
A cidade mais próxima ao parque é a pequena Puerto Natales, localizada no sul do Chile. Para chegar ao destino, você deve partir de Santiago rumo a Punta Arenas, o que leva 4 horas de voo, aproximadamente.
Já em Punta Arenas, segue-se para o município de Puerto Natales — o trajeto tem 248 km de estrada —, por meio de uma viagem de ônibus que dura cerca de 3 horas. Em Puerto Natales, é possível chegar até o parque a partir dos vários ônibus disponibilizados na região.
Outra opção é contratar um guia (que o acompanhará em um ônibus ou em uma van) ou, ainda, alugar um carro e ir por conta própria. Porém, vale ressaltar que, por se tratar de uma área remota, você não encontrará postos de combustível, borracharias ou oficinas mecânicas. Por isso, o recomendado é procurar por agências de viagem.
A maioria dos interessados pelo trekking chega ao parque de ônibus, pois é a alternativa mais barata. O percurso é feito em pouco mais de duas horas. Ao chegar à bilheteria do parque, você deve pagar a taxa de entrada, que sai em torno de 50 reais.
Qual o local ideal para praticar o Circuito W?
Os principais trekkings do Parque Nacional Torres del Paine são o Circuito W e o Circuito O. O Circuito W é o mais procurado pelos visitantes, pois é completo e desafiador, porém menos longo do que a segunda opção. Ele levará você, ao longo de 4 dias, pelos vales da montanha.
Já o Circuito O percorre a região ao redor das torres por inteiro, demorando de 7 a 10 dias para ser concluído. Trata-se do trekking mais completo oferecido pelo Parque Nacional. Entretanto, existem também outras trilhas que passam por trechos específicos do parque ao longo de algumas horas de caminhada.
Para entrar no local, é necessário pagar. Na alta temporada, que corresponde ao período de 1º de outubro até 30 de abril, é cobrado o valor de R$ 100,00 por adulto (CHI$ 18.000 aproximadamente) e R$ 3,00 por criança (algo em torno de CHI$ 500).
Já na baixa temporada, os preços costumam variar entre R$ 60,00 por adulto (CHI$ 10.000) e R$ 3,00 por criança (CHI$ 500).
Onde se hospedar?
Existem algumas formas de hospedagem quando se faz o trekking Circuito W. Conheça, a seguir, quais são:
Hotéis
Nos luxuosos hotéis localizados ao redor do parque, é possível hospedar-se com conforto e segurança. Eles oferecem um roteiro que inclui vários passeios, como os seguintes:
- caminhadas até os mirantes;
- passeios a cavalo;
- tosquia de ovelhas;
- degustação do tradicional churrasco da região.
Refúgios e acampamentos
No entanto, muitos praticantes do Circuito W optam pelos refúgios e pelos acampamentos. Nos refúgios, são disponibilizados quartos e banheiros coletivos.
Em um ambiente assim, existe sempre a possibilidade de conhecer outros trekkers e fazer novas amizades. No entanto, é necessário reservar com antecedência, uma vez que eles são muito procurados pelos visitantes!
Já os acampamentos são feitos em áreas delimitadas do parque e oferecem apenas banheiros e água potável. Para passar a noite no camping, basta chegar ao local, pagar a taxa e montar sua barraca.
Existem os acampamentos pagos e os gratuitos. Informe-se a respeito ao programar sua viagem.
Não é preciso ser um trekker experiente para encarar essa jornada: basta ter determinação e seguir as orientações dos guias. Antes da viagem, faça caminhadas por seu próprio bairro ou em um parque próximo, para ir se acostumando com a atividade.
Qual o melhor período para visitar o parque?
É possível conhecer o parque durante todo o ano. No entanto, o ideal é visitar a região no período que vai do final da primavera até o começo do outono — as estações de lá correspondem às do Brasil.
Nos meses de setembro até novembro, você pode presenciar a primavera no local. Nessa época do ano, há poucos visitantes, o clima é bastante agradável e a natureza renasce.
O verão, que ocorre entre dezembro e março, é a temporada mais movimentada do parque. Isso porque o tempo quente favorece várias atividades, como caiaque, mountain bike e cavalgadas — além do trekking, é claro! As temperaturas não costumam cair muito durante a noite.
Vale destacar, aqui, que as chuvas são mais abundantes no final de outono. E o clima sofre grande influência dos ventos gelados que sopram da Antártida.
O que levar na bagagem?
Invista em equipamentos de qualidade e em roupas confortáveis — principalmente nos calçados, que devem ser próprios para caminhada. O recomendado é seguir a seguinte lista:
- 1 mochila de nylon reforçada e 1 mochila cargueira;
- 1 lanterna de cabeça e pilhas extras;
- 1 cantil;
- 1 bússola e GPS;
- 1 anorak (capa de nylon com capuz);
- luvas, meias, gorro de lã, boné e óculos de sol;
- calças de trekking tipo softshell (resistentes ao vento);
- camisetas de suplex;
- calçados apropriados;
- toalha de banho e pertences de higiene pessoal.
Também é aconselhável levar roupas de calor na bagagem. Isso vale principalmente para quem deseja acampar nos meses de verão.
Sem dúvida, fazer o Circuito W em Torres del Paine é uma experiência recompensadora e inesquecível. Estar em contato com a natureza exuberante do local, conhecer novas pessoas e experimentar outros sabores acrescentam valores na vida de quem deseja visitar este local!
Portanto, vale programar-se com antecedência para desfrutar plenamente da viagem. E, se você gostou deste artigo, assine a nossa newsletter e receba mais dicas como essas!